O VOO FINAL
Vagam no céu as nuvens, espalhadas,
Em préstitos celestes tão pungentes;
Comovem minha alma admirada,
Deixando o céu na paz azul, silente...
Em sua alvura linda, a nuvem alada,
Percorre o infinito reluzente,
Correndo ao pôr do sol, leve, encantada,
Que cena de esplendor! Que comovente!
Quem dera que eu tivesse um par de asas
Voasse nas alturas sobre as casas
Assim qual fosse nuvem passageira!
Talvez eu voe um dia ali pertinho
Por entre as nuvens alvas de alvo linho
O voo final da morte, companheira!
Arão Filho
São Luís-MA, 17/10/2013