Pela madrugada.
Vivo plantando letras em meu jardim
Regando pra ver brotar poesia
Quero versos enchendo a bacia,
A clareza que produzo, quero assim.
Se me esqueço do que sei, eu sei de mim,
E na sombra do poema está minha sina
Que, entre verso e reverso é rotina,
Dos meus riscos e rabiscos sem ter fim.
Mas há também o momento tão confuso
Quando busco no contexto o que não uso
E a escrita sai vazia e oculta.
Dia, mês e ano e segue a luta
Com vitórias (registradas no papel)
Se a madruga traz estrelas pro meu céu.
JRPalácio