Pela madrugada.

Vivo plantando letras em meu jardim

Regando pra ver brotar poesia

Quero versos enchendo a bacia,

A clareza que produzo, quero assim.

Se me esqueço do que sei, eu sei de mim,

E na sombra do poema está minha sina

Que, entre verso e reverso é rotina,

Dos meus riscos e rabiscos sem ter fim.

Mas há também o momento tão confuso

Quando busco no contexto o que não uso

E a escrita sai vazia e oculta.

Dia, mês e ano e segue a luta

Com vitórias (registradas no papel)

Se a madruga traz estrelas pro meu céu.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 17/10/2013
Reeditado em 31/08/2015
Código do texto: T4529532
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