COMPANHEIRA DELE
Um homem que fala de solidão
Com ela não consegue conviver
Vive de passado ou de ilusão
Com sementes plantadas no ser
A solidão o estreita, empalidece
O sussurro tira letra, desconversa
No casulo ele sofre, fica demente
Ela exala no seu leito consistente
Na aurora aparece nas lembranças
Carregada dos sinais de esperança
Intenso sofrer nos acordes a cantar
O sabor da vida presupõe a esperar
Solícita solidão que a aura encanta
Ocupa um destino no seu caminhar
Esperança Vaz
16/10/2013.
poesia registrada