Segui neste sonêto os passos do poeta Odir Milanez
no sonêto Desespero.
Desespero

Se o desespero entra pela porta
de alguma alma descuidada
deixa-se levar na náu do nada
É saga da veia que transporta

Porta que de muito foi fechada
se abre cruzando a encruzilhada
descuidada a lágrima malfadada
corre bravia na vida que afeta

A tristeza infitude em pesadelo
esperanças indivisas do desvelo
ditando o destino qual profeta

Em crise no apelo de algum sonho
feito desfeito num fado medonho
dilemas transcritos de um poeta.