Sarjeta

Sarjeta

Malditas lágrimas que derramo agora;

Desmerecido é o meu pranto por ela;

Bem preferia estar velado às velas

Com o corpo inerte e indolor numa cova.

Maldito amor que não merece provas;

A dor me sova e só me traz procelas;

Minha cruz é a culpa e na maior parcela;

Impenitente é o amor que me reprova.

Feneço aos poucos pra essa vida inglória,

Mas aos caprichos dela não dou trela...

Me anulo ao amor como uma simples escória.

Me entrego à cruz sem zelo nem cautela;

Tragar o álcool é só o que me consola;

Me ignoro a andar pelas tabelas.