A sós com a poesia
Não queiras, não, saber se sou feliz,
se juntei, pouco a pouco, os meus pedaços,
ou, de saudades, trago os olhos baços,
mais tristes que a tristeza, fria e gris;
se, à beira de um abismo, por um triz,
rastejo sobre os rastros de meus passos,
a lamentar as perdas e fracassos,
ainda que a sorrir feito uma atriz.
Não queiras, não, saber o que se passa,
quem bebe de meu vinho em minha taça,
ou me perdi na noite, na boemia.
Eu vivo aqui, perdida entre os meus versos,
nascidos dentro em mim, nos meus anversos,
levada pelas asas da poesia.
Brasília, 15 de Outubro de 2012.
Seivas d'alma, pg. 36
Não queiras, não, saber se sou feliz,
se juntei, pouco a pouco, os meus pedaços,
ou, de saudades, trago os olhos baços,
mais tristes que a tristeza, fria e gris;
se, à beira de um abismo, por um triz,
rastejo sobre os rastros de meus passos,
a lamentar as perdas e fracassos,
ainda que a sorrir feito uma atriz.
Não queiras, não, saber o que se passa,
quem bebe de meu vinho em minha taça,
ou me perdi na noite, na boemia.
Eu vivo aqui, perdida entre os meus versos,
nascidos dentro em mim, nos meus anversos,
levada pelas asas da poesia.
Brasília, 15 de Outubro de 2012.
Seivas d'alma, pg. 36