CANÇÃO DO LIVRE-ARBÍTRIO

Eu sou a canção que vem de longe

como brisas das tardes que te afaga,

nunca fui diferente do que sou hoje

não tenho labirintos nem estradas.

Eu sou vida, sou a morte que anoitece,

desenhei o princípio e tudo o que virá,

eu sou teu grito, às vezes, tuas preces,

carrego teus dias num tablet de DNA.

Eu sou um Deus, ou a Deusa de Avalon,

às vezes, sou beijo, às vezes, sou canhão,

fui mamute, dente de sabre, já fui lança.

Eu sou tua extinção, e sou teu Criador,

te dei de presente genialidade e amor,

você preferiu a crueldade e a matança.