RASTROS DE DEGREDOS

RASTROS DE DEGREDOS!

Silva Filho

Vai a poesia pelos arvoredos,

Pisando em folhas secas, machucadas,

Sorvendo o olor das madrugadas

Deixando tantos rastros de degredos.

Entre vidas noturnas camufladas,

Os medos se confundem com segredos

Meus versos querem tê-los por brinquedos

Nas sombras das folhagens orvalhadas.

Sedenta poesia que a noite enfrenta

Na esperança tem bonança e jamais tormenta

Percorrendo alguns caminhos da ilusão.

Não pode a poesia desfolhar anelos,

Tampouco pode ela construir castelos,

Olvidando as lições do Mestre Coração!