AMOR EM DESAFETO...
Amor em desafeto, suprime ocultando
o puro valor que um dia se fez revelado,
pelos teu olhares portentosos "nus" e refinados
onde agora cativos, penam consternados...
Hó amargura que corrói a alma, meus ais
fazendo o que era vida - velada morte
entorpecendo, deixando turvo os dias a sorte
cinzas, como as tempestades invernais...
Hó noite breve, porque infinita não és?
lúgubre me condenso, tolhido e atado
fadado prisioneiro, eterno condenado...
Que a morte então me venha célere,
emancipando a alma que combalida,
do suplício da dor, dos dias sem vida...
Romulo Marinho