AMOR EM DESAFETO...

Amor em desafeto, suprime ocultando

o puro valor que um dia se fez revelado,

pelos teu olhares portentosos "nus" e refinados

onde agora cativos, penam consternados...

Hó amargura que corrói a alma, meus ais

fazendo o que era vida - velada morte

entorpecendo, deixando turvo os dias a sorte

cinzas, como as tempestades invernais...

Hó noite breve, porque infinita não és?

lúgubre me condenso, tolhido e atado

fadado prisioneiro, eterno condenado...

Que a morte então me venha célere,

emancipando a alma que combalida,

do suplício da dor, dos dias sem vida...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 11/10/2013
Reeditado em 22/12/2017
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