Soneto n.291
EU TE AMEI
Nego, sim, nego já que me deste pouco;
carinho, ternura, amor sem exuberância,
nego-me e, ainda mais, te deixarei louco
a revirar em desejos e a morrer em ânsia.
Sei que dirás, com teu tom forte, rouco,
que não viste nossa incrível consonância
e para mim tornando teu ouvido mouco,
quando eras começo e fim - na distância!
E tu (que agora andas assim no meu rastro
e caminhas cheio de ressentimento e de ira,
a chamar-me de fria, de mulher indiferente)
Saibas que eu, sim, eu te amei imensamente,
mas já cansei de viver sem paz e na mentira,
e de ser apenas a meiga sombra de um astro.
***
Silvia Regina Costa Lima
20 de setembro de 2013
(Soneto em resposta ao soneto Canção de Outrora, de Puetaloide)
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/4486334
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