“BATIL”

Meu corpo num tremor convulsivo,

Medonha morbidez me inunda,

Uma nuvem em negror circunda

As pálpebras. Já me espera o Divo!

Aos olhos de todos, passivo,

Resignado, eu, vou morrendo!

Em fugaz memória entendo:

Viver pra servir, enquanto vivo.

Num breque a vida se estanca

A carne vil, o coveiro tranca

Na cova, e o batil esqueleto

Será tirado fétido e sem glória

Que subsistirá na memória

Das linhas deste soneto.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 11/10/2013
Código do texto: T4520679
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