“BATIL”
Meu corpo num tremor convulsivo,
Medonha morbidez me inunda,
Uma nuvem em negror circunda
As pálpebras. Já me espera o Divo!
Aos olhos de todos, passivo,
Resignado, eu, vou morrendo!
Em fugaz memória entendo:
Viver pra servir, enquanto vivo.
Num breque a vida se estanca
A carne vil, o coveiro tranca
Na cova, e o batil esqueleto
Será tirado fétido e sem glória
Que subsistirá na memória
Das linhas deste soneto.