O último brinde

Glória, eu bebo em glória

Aos ébrios e aos despudorados

a todos os prazeres condenados

e ao povo sem memória

Ao sangue e ao hímen rompido

aos sonhos despedaçados

bebo pelos desesperados

e pelo meu coração partido

Bebo pela desgraça de cada dia

bebo pela minha cama fria

e por minhas noites sem sono

Peço um brinde a anarquia

aos cães que vagam sem dono

e ao rei, morto em seu trono

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 10/10/2013
Código do texto: T4520126
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