O último brinde
Glória, eu bebo em glória
Aos ébrios e aos despudorados
a todos os prazeres condenados
e ao povo sem memória
Ao sangue e ao hímen rompido
aos sonhos despedaçados
bebo pelos desesperados
e pelo meu coração partido
Bebo pela desgraça de cada dia
bebo pela minha cama fria
e por minhas noites sem sono
Peço um brinde a anarquia
aos cães que vagam sem dono
e ao rei, morto em seu trono