Eu e o verso.
O assunto sumiu, minh’alma ausente!
Sente a dor o meu peito, mas não estanco,
Deu um branco e foi tão de repente
Que doeu, da minha mente até o flanco.
Está manco o poema e pede que eu tente
Que invente, levante-me do banco
E que seja franco, passe um pente
Fino, urgente no verso tão branco...
Subi o barranco, ao topo da rima
De cima é melhor, há um novo clima,
Isso me anima a fluir tão garrido,
Atiço o sentido que andava contido...
Surge extrovertido o verso e em dueto,
Ele e eu chaveamos o soneto.
JRPalácio