Eu e o verso.

O assunto sumiu, minh’alma ausente!

Sente a dor o meu peito, mas não estanco,

Deu um branco e foi tão de repente

Que doeu, da minha mente até o flanco.

Está manco o poema e pede que eu tente

Que invente, levante-me do banco

E que seja franco, passe um pente

Fino, urgente no verso tão branco...

Subi o barranco, ao topo da rima

De cima é melhor, há um novo clima,

Isso me anima a fluir tão garrido,

Atiço o sentido que andava contido...

Surge extrovertido o verso e em dueto,

Ele e eu chaveamos o soneto.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 10/10/2013
Reeditado em 27/10/2013
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