SONHOS RASGADOS

Rasgas sonhos antigos em farrapos

Que não te dizem nada, minha amada,

Que vives esta vida tão tramada

E agora restam velhos fúteis trapos...

Já não te importas mesmo e engulo sapos,

Como sendo as feridas duma armada

Sem defesa, sozinho, na alvorada

Rebentam do meu corpo grandes papos!

E vivo assim ardente desconsolo,

Pela vontade tua que me invocas,

Que não vejo nenhum maior consolo...

E quando este amor pelas nossas bocas

Trocamos, percebi que fui um tolo,

Pois não passaram de enganosas trocas.

Autor : Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 09/10/2013
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