ENGANO

Teus olhos desviam dos meus, ligeiros,

Ocultando a inverdade neles estampada.

Buscam refúgio teus olhos sorrateiros

Escondendo de mim mentiras conjuradas.

Não te enganes que me enganou assim

Pecas por presunção e, ou arrogância...

Posso calar, não dizer do que sei, enfim

O que não afiança a minha ignorância.

Conheço teu ego, teus medos e crimes

Sei o que faz e também o que dizes

Não te arrependes, nem te redimes

Foges em densas brumas, te escondes na ilusão

Dos prismas que não vês os muitos matizes,

E finge ser feliz, preso voluntário da solidão.