SAUDOSA INFÂNCIA
Nos confins da saudade vejo o trigo
E ao longe vejo lindos animais,
Oiço a suave voz do vento em ais,
Em tal recordadão do tempo antigo.
Vejo meu doce gato, meu amigo,
Mesmo à beira do rio, junto ao cais,
E nesse bom carinho dos meus pais
Eu encontrava eterno amor e abrigo...
Era muito mimado com amor
E não havia sentimento em dor,
Que essa fraternidade em coração
Pudesse-me causar um sentir morno,
Que a saudade voraz esquente em forno,
De lenha, onde meus pais coziam pão...
Autor: Angelo Augusto