Ciclos XXXVIII
 
E assim se foi o tempo de bonança,
a vida ficou triste, a roça, o gado,
até  monjolo velho está parado,
findou o muxirão, a festa, dança.
 
Secou-se o verde viço da esperança,
restou terreno duro, ressecado,
o rancho de sapé abandonado,
sinais de dor, de pranto, de mudança.
 
Ficaram pelos cantos os sinais,
os rastos do que foi felicidade,
de tempos que não voltam nunca mais.
 
Agora sobrevivem na cidade,
distantes dos terrenos ancestrais,
sem terra, sem fartura, liberdade.

Brasília, 6 de Outubro de 2013.
Livro: CICLOS, pg. 62
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 06/10/2013
Reeditado em 10/09/2020
Código do texto: T4514412
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