AS MARCAS DAS MINHAS MÁGOAS
O lamento nascido em minha alma valente
E as minhas forças vão no encontro da verdade,
E o silêncio que a dor agreste me acalente
As esteias de amor em pranto de saudade.
Esta paixão que está sempre demais presente,
Este amor tão ardente e puro que me invade,
E este meu coração em ardor que apresente,
São as marcas de causa injusta em liberdade...
Meus olhos choram tanto em lágrimas sofridas,
Que são vestígios tão grandes destas feridas,
Em um céu já repleto em luz lá nas alturas!
Ó que tão triste tempo a enxugar tantas mágoas,
Se ao menos este novo abrilhantar das águas,
Fosse a eterna paz dentre as demais sepulturas...
Autor: Ângelo Augusto