Se o amor é luxo
Ah, amor, essa palavra de luxo.
Que antes era motivação para ações e pretensões
em momento precisos.
O amor presente na amizade, no ato de bem fazer, bem querer,
bem dizer, e bem além de tudo, que hoje se limita, se esconde.
Ah, doce amor!
Doce palavra ou doce sentimento?
Amor que sua doce pronúncia perdeu sua intensidade, seu valor, seu fulgor.
Sentimento que já não se sente, seja por medo da dor, de uma mágoa causada até mesmo por sua falta.
Ah, esse amor!
Oh amor, o que te fizeram?
Te arrancaram dos corações e te deram um preço?
Te tornastes impróprio, vão, indevido, a tantos corações que apaixonados te buscam mas que já não sabem onde te encontrar?
Ah doce amor, será luxo querer-te presente, querer dar-te a quem anseia por ti?
És vital amor:
para que haja paz, felicidade e até mesmo saúde.
Um coração sem amor não consegue seguir adiante.
Não palpita nem se extasia com a beleza de um sorriso, com o brilho de um olhar intenso.
É preciso te sentir amor;
no ato de enxergar, de tocar, de ouvir e até mesmo de respirar.
Ah amor, amor, amor...
Se te tornaram uma palavra ou um sentimento de luxo,
o que será da humanidade que só existe porque sua origem vem de ti?
Ah amor!