FUGA
FUGA
Joyce Sameitat
Um fio fininho qual uma teia brilhante;
Comprido e recamado de pedrarias...
Enrola meu ser neste exato instante;
Fazendo-se trabalho de ourivesaria...
Na ilusão que vem ao coração abarcar;
Não sei se sonho ou voo na imaginação...
Só penso que sou a lua e também luar;
Navegando no ego e fora na imensidão...
Fuga que de mim mesma sempre faço;
Para sair da mesmice que me assola...
Se nesta teia eu quero e me embaraço;
É porquê a realidade só me incomoda...
Então eu me torno uma parte do espaço;
E flutuo com o olhar para coisas novas...
SP - Outubro 2013