DELÍRIO
DELÍRIO
Joyce Sameitat
Folhas murmurantes que na chuva escorrem;
Levando junto muitos pedaços de terra caiada...
Da tinta que fácil desprega de paredes lavadas;
Com restos de sentimentos meus se envolvem...
E o meu estado de espírito só se exacerba;
Sentindo-se mesclado a amor e primavera...
Fazendo por fim o inverno de vez sucumbir;
Com botões de rosas dentro de mim a florir...
Meus sonhos aleatórios brotam pelas calçadas;
Num ritmo louco e deveras bem alucinante...
Enquanto meu coração como aves em revoada;
Canta o amor compassado que no peito bate...
Como um sintoma de febre meio que delirante;
Deixando-me por um tempo fora de combate...
SP - Setembro 2013