Bebedeira
Bebedeira
(Soneto Heróico)
Mais uma vez, me acolhem o botequim
E os rostos pelo álcool destruídos.
Brindam-me com os sentidos aturdidos,
Alegram-me com vinho e frenesim!
Bebidas me oferecem sem ter fim,
Homens a soçobrar e possuídos.
Pejados de tristezas… guarnecidos
Pela vida alvadia que há em mim!
Ah! Como a vida é análoga à caneca…
Às vezes atestada, outras vazia,
Pronta a servir ventura, ou dar desgosto!
E como ela, qual homem também peca…
Escapulindo-se à monogamia,
Saltitando entre lábios com seu mosto!
André Rodrigues 30/9/2013