ALENTO
ALENTO
Joyce Sameitat
Se já fui feliz eu direi... Decerto muitas vezes;
Se o sou agora não tenho como confirmar...
Pois passam-se anos e também os meses;
Cada vez mais depressa do que possa notar...
Quando tudo me é flores o tempo até abrevia;
Mas vêm as dores e ele é bem mais que lento...
Passa como simples brisas leves dos ventos;
E quando vai-se rápido é uma grande ventania...
O coração salta, escoiceia como não gostaria;
Para de repente se prostrar em sua solidão...
Vejo no céu as marcas das minhas nostalgias;
Enquanto a alma ao meu redor esparge paixão...
Procurando a todo custo tirar-me da idiossincrasia;
E dando-me alento para coisas boas que virão...
SP - Outubro 2013