SEM CURA...

Emudecido, coração que já não clama,

Enfurecido por tantas coisas que sonhei,

E por deixar me desfazer da chama,

Poucos risos em lágrimas transformei.

Por adentrar em sinuosas tramas,

Em noites que estrelas desprezei,

Espalhar-me sem amor em camas,

Entregue a corpos que não amei.

Este mesmo coração que um dia,

Pulsava-me por teu olhar e podia,

Revelar-se sem medo, em loucura.

Hoje, não pulsa, nem em rebeldia,

Em silêncio demente em que adia,

O fim... Morte que não tem cura.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 03/10/2013
Código do texto: T4509479
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