Outra Visão:
não vejo mais c'os olhos de outrora
não vejo mais a luz da primavera
não vejo mais que minha alma credora
não vejo mais nada além da espera!
não tenho mais o olhar matutino
não tenho mais o olhar vespertino
não tenho mais o olhar menino
não tenho mais o olhar setembrino!
uso agora, lentes de grau espessas
de cristal líquido, compactadas
claustrófobicas imagens, envelhecidas!
raios multifocais, e cores baças
dum viver insólito, sem os teus agrados
ao enxergar senil, tantas amarguras!
Elzana Mattos
não vejo mais c'os olhos de outrora
não vejo mais a luz da primavera
não vejo mais que minha alma credora
não vejo mais nada além da espera!
não tenho mais o olhar matutino
não tenho mais o olhar vespertino
não tenho mais o olhar menino
não tenho mais o olhar setembrino!
uso agora, lentes de grau espessas
de cristal líquido, compactadas
claustrófobicas imagens, envelhecidas!
raios multifocais, e cores baças
dum viver insólito, sem os teus agrados
ao enxergar senil, tantas amarguras!
Elzana Mattos