Quem sou
 
Eu sou humano num universo finito
De emoções inconstantes interminada
Querendo alcançar um paraíso ou nada
Ou apenas dormir na eterna vaga.
 
Olho meu corpo que ao correr dos anos
Agradecido vou preservando os restos
Das faces idas em sóis de  tais desertos
Nas minhas solidões meus desencantos
 
Assim cativo amo a beleza da existência
Mas eu sinto que  fui feito duma essência
Substrato de algum anjo em penitência
 
Sou o que chamam de carbono e matéria
A descobrir se também sou massa etéria
Erro genético de uma fórmula da ciência.