Mar em calmaria

Sei, os olhos são janelas da alma

Eu, com o brilho apagado do olhar,

Senti na procela a terrível calma

Que foi perdida na vastidão do mar

Eu fui náufrago do barco a deriva

Esperando ao velho porto chegar

Para ver os olhos em que está viva

A fugaz esperança de reencontrar

Neste sorriso que dá ilusão à vida

Dentro do peito que pensa pulsar

Traz nos olhos a essência perdida

Que pelos séculos inda ei de buscar

Agora, nem no anseio da triste partida

A Razão de viver jamais ei de encontrar.

Porto Velho, RO, 12 de outubro de 2013.