Escambo
A alma toda aberta e a mente fechada,
Desculpe-me, sou assim, estou em rota
De colisão; a ninguém mais se importa,
Já fixei que hoje é essa minha jornada.
Do que sinto, quem que realmente nota?
Já dá vontade de não sentir mais nada;
A saída disso seria levar outra flechada
Do menino que mesmo nu é um janota.
Desculpe-me ao mostrar o que eu sinto,
Jamais quis viver nessa existência oca,
A ponto de ver a fada verde do absinto.
De tanto embriagar de amor, pela boca,
Jamais conto a verdade, somente minto,
Até a mente e alma finalizarem a troca.