O HOMEM MATERIAL DE HOJE
Quando menino fui, braços juntados
Sempre inocentementes, na pureza,
Rezaram Oração, hoje, esquecida
No egoísmo de pensar-me forte só!
Relembro eco esquecido, como pó,
Das palavras dum Pai-Nosso, na vida
Largadas pela fé que na certeza
Das pedras mais concretas há reinados!
Hoje, de rei tornei-me um insensível
Ao poder da Oração. Na desconfiança
Da Eterna Salvação fiz-me um inverno,
No efêmero do ter; fiz-me um inferno,
Sem Fé, sem Luz, sem Prece, sem Ser Criança
Que sempre faz possível o Invisível...