O HOMEM MATERIAL DE HOJE

Quando menino fui, braços juntados

Sempre inocentementes, na pureza,

Rezaram Oração, hoje, esquecida

No egoísmo de pensar-me forte só!

Relembro eco esquecido, como pó,

Das palavras dum Pai-Nosso, na vida

Largadas pela fé que na certeza

Das pedras mais concretas há reinados!

Hoje, de rei tornei-me um insensível

Ao poder da Oração. Na desconfiança

Da Eterna Salvação fiz-me um inverno,

No efêmero do ter; fiz-me um inferno,

Sem Fé, sem Luz, sem Prece, sem Ser Criança

Que sempre faz possível o Invisível...

Alexandre Tambelli
Enviado por Alexandre Tambelli em 15/04/2007
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