Vaidade!

A face aberta a falsear um riso

Juízo esconde a dor que o ego oculta

Numa permuta onde o riso é o peso...

Desprezo à alma... E rir-se. Quanta luta!

Só, somente oculta a dor desse arraso,

Triste riso que a fingidez imputa,

E amputa da felicidade o prazo;

Fez pouco caso do amor... Aguenta,

Ou desiste, não inventa felicidade,

É maldade esse irônico riso louco

Que faz pouco d’ alma. Vaidade!

Ai de ti, caricatura! Ah sufoco!

Se esse amor que a alma pede é impossível,

Não finjas com este riso desprezível.

josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 29/09/2013
Reeditado em 13/10/2013
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