___ Canção d’horror ___
Escrevo melodias aos nobres gênios,
Assim como os maestros batizaram;
O estudo que escrevi — nunca tocaram!...
No palco em frente à orquestra e nos convênios.
Os Bicos que se assentam nos proscênios,
Já sabem a dor que os surdos já passaram...
De tanto me atentar — em vão tentaram,
E sempre irão blefar, nesses compêndios!
O insano do maestro — co’ a batuta,
Fingindo ser também — compositor;
“Resorve”, enfim, travar essa disputa...
— Não passa d’um ignóbil enganador!
... E a plebe regozija nessa escuta,
Tão surda, na irrisão — canção d’horror!
Pacco