___ Canção d’horror ___

Escrevo melodias aos nobres gênios,

Assim como os maestros batizaram;

O estudo que escrevi — nunca tocaram!...

No palco em frente à orquestra e nos convênios.

Os Bicos que se assentam nos proscênios,

Já sabem a dor que os surdos já passaram...

De tanto me atentar — em vão tentaram,

E sempre irão blefar, nesses compêndios!

O insano do maestro — co’ a batuta,

Fingindo ser também — compositor;

“Resorve”, enfim, travar essa disputa...

— Não passa d’um ignóbil enganador!

... E a plebe regozija nessa escuta,

Tão surda, na irrisão — canção d’horror!

Pacco

Pacco
Enviado por Pacco em 28/09/2013
Reeditado em 03/10/2013
Código do texto: T4502463
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