Ciclos LXIII

Se a vida tão depressa acaba, passa,
por que viver mascando dissabores?
Se tu tiveste sonhos, mil amores,
lembranças que ninguém, jamais, devassa?
 
Felicidade sempre foi escassa,
cultiva, enquanto podes, rosas, flores,
e sente os bons perfumes, bons olores,
na brisa delicada que te enlaça.
 
Depressa passa, mais do que  a fumaça,
e deixa, dentro em nós, tristeza e dores,
mas traz, também, prazeres, alegria.
 
A vida, eu sei, nem sempre calma, lassa,
transporta, dentro o ventre,  mil verdores,
e é prenhe de emoções e  poesia.
 
Brasília, 03 de Setembro de 2013.
Livro: CICLOS, pg. 87
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/09/2013
Reeditado em 12/09/2020
Código do texto: T4500809
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