Poeira das estrelas

Humana vida, triste existência de alegria efêmera!

Quanto tempo é perdido em pretensiosa vaidade,

Pensando que tudo isso os distanciará da verdade,

Prisioneiros todos nós estamos de iludida quimera.

A maturidade conseguida pela passagem da idade,

Deveria permitir a chance de uma vivência mera,

Algo que se desfaz ao estar sob opulenta câmera;

Para o homem vale mais quem tem maior herdade.

A Teogonia já nos deixava bem alertas sobre isso:

Pluto, a riqueza, como era cego, favorecia a todos,

Homens bons e maus; ora faz altivo ora submisso.

Vê-se os homens não alterando os seus métodos,

Enquanto o tempo a eles é simplesmente omisso,

Geração a geração vivem chafurdados nos lodos.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 26/09/2013
Código do texto: T4498539
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