Moça da Janela

Eram dois em um retrato

e um prato só a mesa

seus sorrisos foram fatos

hoje repletos de tristeza

O tempo passa, voa

entre caminhos esquisitos

e o canto belo ressoa

onde voam os periquitos

E eu passo de fininho

na cruzilhada do futuro

sigo, embora, vou sozinho

em cada lado sobre o muro

Na janela, a lágrima caiu

adeus moça triste

voe deste mundo doentio

para um mundo que não existe

Venha, venha comigo

e te levarei aos sonhos

sou um jovem tão antigo

quanto os monstros mais medonhos

Sou um sonho, nada mais

sou a poesia e sou de prosa

sou quem te dá a paz

de uma vida desastrosa

Adeus, vete ao mundo agora

pois o tempo há de seguir

digo adeus pois vou-me embora

ainda há outro pra fugir

Limpe as lágrimas, donzela

e sorria para o mundo

hoje chove na janela

mas o sol vem em um segundo

Adeus, adeus, adeus...

que os anjos há de cuidar

vou embora por meu Deus

Deus por ti irás olhar

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 26/09/2013
Código do texto: T4498507
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