VIOLINO
O capitão do barco da minha vida
Está embriagado de mágoas e vento
Nas rotas do amor se embrenhou
Lá perdeu-se nas brumas do tempo
Nem a bússola, nada mais lhe orienta
As estrelas do céu se apagaram
Meu barco está à deriva na escuridão
Onde os planos do amor se findaram
O desejo de achar uma saída
Quebrou-se no desenlace dos sonhos
No imenso vazio da lua escondida
A alvorada que sempre raia nas asas da solidão
Tem um violino que soluça notas agudas
Nas profundezas do meu velho coração!