INSIGNIFICÂNCIA

Quero a tarde rude e débil

como rude e débil, quero

tudo aquilo que não espero

para tornar-me tanto ébrio.

Quero a noite fria e doce

como frio e doce almejo

o teu mais cruel desejo

como a vida a trouxe-mouxe.

Quero a vida sem delongas

que o amanhã, seja hoje

e feito algo que não foge

da minha canção oblonga.

Quero, num verso, inserida

s'ta insignificante vida.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 25/09/2013
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