INSIGNIFICÂNCIA
Quero a tarde rude e débil
como rude e débil, quero
tudo aquilo que não espero
para tornar-me tanto ébrio.
Quero a noite fria e doce
como frio e doce almejo
o teu mais cruel desejo
como a vida a trouxe-mouxe.
Quero a vida sem delongas
que o amanhã, seja hoje
e feito algo que não foge
da minha canção oblonga.
Quero, num verso, inserida
s'ta insignificante vida.