Fecho de ouro.
Sou tudo e tanto quanto por enquanto,
Só não sou santo e nem sei como ser,
Sem ter porque, quero distar do pranto,
Que, entretanto não precisa acontecer.
Fazer a poesia de forma estranha?
Não vale manha, só verso caprichado.
Nada de pé quebrado, ou de artimanha.
Rima é que assanha um poema invocado.
Quero domado o verso e dou-lhe jeito
Injeto nele o que arranco do peito,
Perfeito, dosado, pra não ver o estouro.
Apuro o que tem no alfabeto, de bom,
E a rima e métrica eu ponho no tom;
Só é bom o soneto com o fecho de ouro!
Josérobertodecastrpalácio