Fecho de ouro.

Sou tudo e tanto quanto por enquanto,

Só não sou santo e nem sei como ser,

Sem ter porque, quero distar do pranto,

Que, entretanto não precisa acontecer.

Fazer a poesia de forma estranha?

Não vale manha, só verso caprichado.

Nada de pé quebrado, ou de artimanha.

Rima é que assanha um poema invocado.

Quero domado o verso e dou-lhe jeito

Injeto nele o que arranco do peito,

Perfeito, dosado, pra não ver o estouro.

Apuro o que tem no alfabeto, de bom,

E a rima e métrica eu ponho no tom;

Só é bom o soneto com o fecho de ouro!

Josérobertodecastrpalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 25/09/2013
Reeditado em 19/05/2015
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