PORQUE DEMORAS...

Mulher, tu delongas, me sinto sôfrego, quando

arbitro em ver-te raiar, num vulto, avante,

teus lábios álgidos, carmim, tremem arfante

mas teus olhares, aos meus, linda, me observa...

céu que desfaz-se ao luar, em ventos frios,

nas ramagens segreda, mimoseando,

enquanto que, com o olhar tenro de amante

pernoito à sombra da noite, esperando-te...

tu não vem, avulta assim a minha ansiedade,

é tempo que não caminha, que me flagela

é o tempo infinito da perpetuidade...

porém tu me aparecerás um dia, como por encanto,

me farei feliz, pensando a crer que igual sorte,

me valerá esperar-te, eternamente, amar-te...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 24/09/2013
Reeditado em 27/12/2013
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