SONETO DO LAMENTO DA ROCHA.
Escorre em mim,suor limo
nínguem ouve meu lamento
não sabes de mim um décimo
para deixar-me ao vil relento.
Que culpa tenho eu,diga-me?
pra nascer com tanta dureza
causar em vós tanta incerteza,
se há mistério,imploro,traga-me.
Solitária do alto deste penhasco
sinto as crúeis agruras do tempo
sinto em teu pensamento um asco.
De ver-me assim tão intransponível,
tire de vossas retinas tal contratempo
sou apenas uma dura rocha disponível.
Escorre em mim,suor limo
nínguem ouve meu lamento
não sabes de mim um décimo
para deixar-me ao vil relento.
Que culpa tenho eu,diga-me?
pra nascer com tanta dureza
causar em vós tanta incerteza,
se há mistério,imploro,traga-me.
Solitária do alto deste penhasco
sinto as crúeis agruras do tempo
sinto em teu pensamento um asco.
De ver-me assim tão intransponível,
tire de vossas retinas tal contratempo
sou apenas uma dura rocha disponível.