Lástima
Derrame suas lágrimas sofridas
Olhe no espelho a imagem sua
Aquela lástima a tanto contida
E que não reconhece a alma tua
Gritos roucos, sons abafados
O fel permeia o gosto no íntimo
A fé em viver por tanto abalado
O amor que se tornou ínfimo
Olhos secos, boca amargurada
O medo de viver acalenta
Junto a nossa face desfigurada
Pensamento emitido sem absorção
Locomove-se trôpego, de forma lenta
Num mundo repleto de devastação