Lástima

Derrame suas lágrimas sofridas

Olhe no espelho a imagem sua

Aquela lástima a tanto contida

E que não reconhece a alma tua

Gritos roucos, sons abafados

O fel permeia o gosto no íntimo

A fé em viver por tanto abalado

O amor que se tornou ínfimo

Olhos secos, boca amargurada

O medo de viver acalenta

Junto a nossa face desfigurada

Pensamento emitido sem absorção

Locomove-se trôpego, de forma lenta

Num mundo repleto de devastação

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 22/09/2013
Reeditado em 22/09/2013
Código do texto: T4492756
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