Soneto do Desapego

Quando ele acordou febril e cansado

Pensou que nada mais tinha sentido

Sonhou sem qualquer desatino

Dos chãos em tempos passados

Desacostumado à tontura e infame

Levantou a cabeça latejante

Orou que a não tivesse distante

De seu auxílio em passos e cantos

Pois o que estava ali de errado

Era ainda não terem se amado

Sobre a profunda harmonia

E estando ele deitado

Voltou-se ao corpo febril e cansado

Em desapego de outro amor juvenil.

Lucas Alves de Araújo
Enviado por Lucas Alves de Araújo em 21/09/2013
Código do texto: T4491664
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