ILUMINADO

De mim, surgem assim aos montes,

Sem meu intento; sem meu intento,

Vêm dos confins do meu pensamento,

D'além do inconsciente e de seu horizonte.

Galopando sob a luz, constantes,

Com a força incansável do vento,

Invisíveis, me golpeiam e não aguento,

Com suas espadas exorbitantes.

Mas, eis que recebo um velho Amigo,

De porte soberano e majestoso

Que traz para mim o Seu doce alento.

E este Ser, iluminado e poderoso,

Que sempre me encontra em perigo

Me adormece com o Seu acalento.