O PRISIONEIRO
Um passarinho canta na gaiola
A tristeza que traz no coração
Nada neste mundo o consola
Visto que está naquela prisão
A liberdade não é uma esmola
Para ser tirada com explicação
Tão fútil que até chega ser tola
O canto dessa ave é pura sedução
Ser egoísta! Humano desumano!
Queria vê-lo como eu, trancafiado...
Se este homem não estaria insano.
Cantando, eu mantenho a certeza
De que um dia não estarei enclausurado
E sim completamente livre na natureza.
O FILHO DA POETISA