SOB OS LENÇÓIS MACIOS...
Eunuco me faria, sem teus abraços
sem teus beijos méleos, inexistiria
tua ausência proveria como trevas
que do umbral, ao longo morreria...
qual sorte, eu poeta, predestinado,
errante nos versos, amante convicto
enleado pelo amor da vestal - donzela
também vagante, prófuga apaixonada...
hó erradicado sentimento que nos funde
que renasce a cada dia, alvorecendo-nos
iluminando, aclarando sob nossos corpos...
que em noites cálidas, eternos nos faremos
entrelaçados entre bocas, e versos de amor,
deixaremos nossas marcas, aos lençóis macios...
Romulo Marinho