SONETO DA DESESPERANÇA
Soneto da Desesperança
De todo amor que houvesse nesta vida
Pudesse eu dedicar-te com ardor
Secava o sangue da minha ferida
Que causa no meu peito tanta dor.
Até parece que foi tudo há pouco
Que se passou, nem mesmo percebi
Andei rodando pelo mundo louco
Um tempo enorme desde que perdi
Os teus encantos, teu sorriso imenso
Sem me dar conta, eu não me convenço
Da vida em solidão em que vivi...
Afoguei nos copos os meus desalentos
Só pude ver no abanar dos lenços
Quão pouco a vida me valeu sem ti.
-Oiarabit-