Precavido
Me perdoe amor pela minha fraqueza,
Amo-te, isso que eu tenho por certeza;
Como cultivo a fina flor da franqueza,
Minha parceira é a persistente chateza.
Hoje gasto mais tempo com saudades,
Mas isso me liberta das fúteis vaidades;
Ainda me preocupa aquelas maldades,
Pois não temos mais nossas lealdades.
Eu poderia agir na vida de outra forma?
Se me faz feliz viver assim desse jeito,
Para que eu vou alterar tão boa norma.
Tenho uma certeza no combalido peito,
De que o teu amor foi a minha reforma,
Não me sinto próspero em nenhum leito.