UM DIA FRIO

É fria a aragem que vem da rua,
outonam os ventos antes invernais.
Na casa, o silêncio e a ausência tua.
Percebo-a. Do carinho, que queria mais,

contenta-me a tua última lembrança:
o sorriso, teu corpo, o sorriso.
Elegante, teu olhar sugere dança.
Sou dançarino, pois é o que preciso.

Invento-me, ainda a te agradar.
Faz frio. A nudez me denuncia.
Sei lá o que poderia te dar!?

Talvez o verso, talvez o homem,
um bolero ao fim do dia,
ou estas loucuras que nos consomem.

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 17/09/2013
Reeditado em 22/12/2015
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