Soneto de Clamor
Pelo fim dessa caçada a esmo,
Decreto-me em estado de espera.
Não ei de me mover em procura.
Terá de vir, perdida assim como eu.
Que agora me coloco a deriva,
Fluindo, por onde o mar levar
Apareça! Dando sentido a vida.
Sendo a terra a vista dum naufrago.
Eu paro a procura, mas clamo ao destino.
Trague-a, seja lá quem ela for.
Acalme esse meu coração.
Os caminhos não o levaram a lugar algum.
Não fôra falta de desbravamentos.
Causa disso, a esperança sucumbi.