Soneto da morte familiar
Um dia atrás, quem bebe e fuma mais
até matar os rins, pulmões e fígado
que o peito explode sem maior cuidado,
as dores da saúde, mui mortais.
Desiste de viver e andar jamais,
percebo o autor que enleia o verso amado;
aquela avó recebe o amor passado
e lê com dor, os choros bem reais.
O pai da minha mãe é um anjo em céu,
eu choro, sofro e leio os teus versinhos
após a forte perda pelo túmulo.
Lamento, para ti em flor do véu;
dou-te o carinho nos meus bons caminhos,
vou ser o vate, mas perigo nulo...
Autor: Lucas Munhoz - 16/09/2013