O Carrossel de Sangue

Sinto o sangue ser sorvido à veia perdida,

No carrossel fugitivo, homônimo no argúrio

Ouço o bater no peito em ritmo do murmúrio

Entretanto em vão nunca morro nesta ferida.

No leito da prostituta e vil Mensalina

Ferve o coração e a pedra gasta da figura

Vai massacrando de vez esta criatura

Avivando de vermelho a dor cristalina.

Bebida que acentua o sofrer deste poeta

Talvez em vão adormeça neste caminho

Meu terror num tempo de secura decreta.

Vou morrendo também de amor e tormento

E o amor não é mais que meu intento

Me sugando o sangue na veia secreta.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 13/04/2007
Reeditado em 29/09/2008
Código do texto: T448176
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.