O Carrossel de Sangue
Sinto o sangue ser sorvido à veia perdida,
No carrossel fugitivo, homônimo no argúrio
Ouço o bater no peito em ritmo do murmúrio
Entretanto em vão nunca morro nesta ferida.
No leito da prostituta e vil Mensalina
Ferve o coração e a pedra gasta da figura
Vai massacrando de vez esta criatura
Avivando de vermelho a dor cristalina.
Bebida que acentua o sofrer deste poeta
Talvez em vão adormeça neste caminho
Meu terror num tempo de secura decreta.
Vou morrendo também de amor e tormento
E o amor não é mais que meu intento
Me sugando o sangue na veia secreta.
Herr Doktor